sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Popularização: Alunos do ensino superior realizam feiras científicas em escolas

O projeto “Feira de ciências como possibilidade de construção e aproximação de conhecimento” tem por objetivo realizar feira de ciências  em escolas públicas. Segundo a coordenadora do projeto Eliana Midori, o projeto aproxima dos alunos da graduação das escolas. O projeto surgiu há dois anos, mas só em 2013 o projeto foi submetido ao edital Olimpíadas e Popularização da Ciência ofertado pela Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica de Sergipe (Fapitec/SE).

A professora de Química da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Eliana Midori, destaca a importância do projeto para os estudantes de graduação. “Em relação aos alunos que estão na licenciatura  é uma aproximação grande com escola. Esse é o principal objetivo do projeto. Agora em relação aos alunos das escolas e do público alvo que nós estamos atendendo é exatamente mostrar a ciência e principalmente a experimentação em ciências”.
Para os estudantes de ensino médio, a professora Eliana explica que é uma forma lúdica de entender a ciência. Segundo a professora, muitas escolas ainda não possuem um laboratório e nas feiras os alunos realizam experimentos com objetivo de despertar o interesse por matérias, a exemplo de Química.
“Como eles não tem laboratório, já que nem toda escolas públicas tem laboratório e que não funciona adequadamente, então é exatamente isso que eles estão querendo mostrar. É chamar atenção para ciência e principalmente para química por que é uma disciplina que os alunos não têm tanta afinidade. Então a gente chama atenção e eles passam a gostar e a participar das feiras de ciências. Nessas feiras de ciências não são os meus alunos que fazem os experimentos, eles quem tem que fazer os experimentos, apresentar  e construir”, explica Eliana.

O estudante de Química Genisson Barbosa Teixeira faz parte do Programa de Bolsa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID) e destaca que o projeto de Feira de Ciências nas escolas promove mais ainda essa interação do professor e aluno. “Acho importante porque a gente tem mais um contato com escola antes mesmo de passar por estágio ou entrar no mercado de trabalho. Então esse projeto tem uma função de promover essa convivência do acadêmico e escolar no ensino médio. Também  proporciona a gente aprende um pouco mais das ciências, principalmente  a questão do experimento que a gente trabalha com experimentos  cada vez mais aperfeiçoado na área de química e aprendendo coisas necessárias para o nosso futuro”, destaca Genisson.

Genisson ainda explica como é realizado um dos experimentos que desperta muito a atenção dos estudantes, conhecido como sangue do diabo. “Uma pessoa mancha a roupa que tem coloração avermelhada ou rosa e quando seca a gente percebe que a mancha sumiu. A explicação para isso é que na solução que foi preparada tem hidróxido  de amônia que é uma  solução básica, álcool que é uma solução ácida e a fenolftaleína  que é um indicador  ácido base. Em contato com ácido a fenolftaleína indica que a solução é transparente. Em contato com a solução básica a fenolftaleína  vai indicar uma coloração avermelhada.  A mancha some justamente porque a amônia em contato com água  evapora rápido e a solução vai voltar a ser ácida novamente por isso conhecido como sangue do diabo por que esse experimentos eram utilizados nos carnavais e tinha aquele impacto por que a mancha sumia com o passar do tempo. E na verdade a explicação é que amônia evapora e a solução volta a ser ácida novamente”.

Edital de Popularização
O edital de Popularização é lançado anualmente e tem por objetivo apoiar projetos institucionais de popularização da Ciência e Tecnologia das universidades, instituições de pesquisa, museus, centros de ciência, planetários, fundações, unidades de conservação, entidades científicas e outras instituições, apresentados durante a Semana Nacional  de  Ciência  e  Tecnologia. O edital ainda incentiva atividades que propiciem a difusão e popularização da ciência e tecnologia junto à sociedade sergipana e promovendo a divulgação científica em ações de inclusão social e redução das desigualdades.

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